domingo, 16 de maio de 2010

Didiu não é nada disso

Este é o título de uma suposta comunidade criada por dois colegas de trabalho em “homenagem a um terceiro, eu até que a pesquisei, mas não a encontrei no Orkut. O Didiu em questão é uma pessoa extremamente séria, diria que sisudo até, mas um cara legal. Fiquei analisando a idéia da comunidade e o que o bom humor pode trazer para o trabalho.
Nós temos a mania de sermos extremistas: inserir todos os colegas do seu trabalho no seio familiar ou tentar fazer um apartheid de todos eles na nossa vida. Ambas as posições equivocadas. Certo seria tentar o equilíbrio que diga-se de passagem é complicado.
Agora me virando nos trinta observo que tenho grandes amigos que também são colegas de trabalho e evoluirão para o status de quase irmãos, estes dividem os meus momentos de intimidades e adoro conversar e manter contato com eles, ainda que não tenha tanto tempo de lazer. Outros eu preferia esquecer que existem, durante e após o expediente, são os que não me ofendem se “esquecem” de convidar-me para os eventos familiares, sinto-me até agradecida.
Sou bastante reservada, não sou a alma da festa ou o famoso arroz que vai para todos os eventos de meus pares ou superiores e fica feliz a cada convite de formatura, aniversário ou casamento clocado no mural da empresa.
Não tenho a pretensão do famoso cantor de “Ter um milhão de amigos”, mas sei que poderia ser mais diplomática, talvez tenha gastado minha cota de diplomacia quando me virava nos vinte.
Compareço aos eventos obrigatórios, as famigeradas confraternização e me porto, confesso que mais hoje em dia, com o máximo de sobriedade (obrigada a Gloria Kalil por seus maravilhosos livros).
Isto não quer dizer que não gosto dos colegas, sim eu tenho a terceira categoria, aqueles que não temos muita intimidade mas por uma questão de simpatia, por um sorriso no rosto muitas vezes ganho o meu dia. Tenho mais de 400 amigos no orkut, maior rede social do Brasil, muitos oriundos de contato de trabalho. Como muita vezes fico no PO com colegas, durante até seis horas já ouvi muitas confidencias. E entendi muita a alma masculina, obrigado garotos, gasto infindáveis minutos do meus precioso tempo debatendo sobre esta ou aquela personalidade, da chefia até ao mais humilde colaborador.
Tenho por hábito dizer que sou espelho, atitude que não pretendo levar quando me virar nos quarenta, espelho, traduzo aqui para vocês, trato as pessoas como me tratam. O que significa que sou a “mãe da antipatia” com aqueles que gostam de esnobar ou sou um “docinho de coco”, com as pessoas fofas, aquelas que iluminam os meus dias com um sorrisos doce, um olá amigável...
Mas, quanto ao Didiu, eu acredito que ele não vá gostar de nada disso se esta comunidade existir.

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